Vivemos numa Verdadeira Corda Bamba

Vivemos numa verdadeira corda bamba

Vivemos numa verdadeira corda bamba, suspensas entre o sagrado e o profano.

De um lado, o chamado da nossa essência, aquela Centelha Divina que pulsa dentro de cada ser humano; do outro, as exigências externas, que nos empurram para um ciclo incessante de produção e ação.

Porém, será que, ao caminharmos nessa linha ténue, não estamos esquecendo de nos perguntar: quem realmente somos?

 

A Correria da Vida Moderna e a Perda de Si Mesma

Vivemos numa verdadeira corda bamba

Nos dias de hoje, o foco constante em conquistar, resolver e produzir transformou o simples ato de ser em uma memória distante. Como um rio que há muito deixou de fluir, a nossa essência parece soterrada pelas areias do tempo.

E assim, a nossa conexão com o sagrado — aquilo que dá sentido, profundidade e plenitude à vida — vai se apagando, como uma chama esquecida em um templo vazio.

 

O Que é o Sagrado?

Desde cedo, somos ensinadas que o sagrado mora longe: nas igrejas, nos céus ou em textos sagrados. Ele é associado a figuras divinas apresentadas como algo maior e distante de nós. Mas, se somos feitas à imagem do Divino, por que motivo o sagrado estaria tão inalcançável? Será que estamos procurando no lugar errado?

Dentro de cada pessoa existe um altar invisível, onde o Sagrado Feminino e o Sagrado Masculino coexistem e dançam em harmonia. Essas duas energias complementares são responsáveis pelo nosso equilíbrio interno:

Vivemos numa verdadeira corda bamba

O Sagrado Feminino

  • Como a água de um lago tranquilo, reflete a luz da lua.
  • Representa a intuição, acolhimento e criatividade.

O Sagrado Masculino

  • Como uma montanha firme, traz sustentação e propósito.
  • Representa a ação, clareza e direção.

 

Quando essas forças estão alinhadas, encontramos completude e equilíbrio. Contudo, quando uma sobrepõe a outra, nos tornamos como um barco à deriva, sem leme ou vento para guiar as velas.

 

A Vida no Profano: A Desconexão com a Essência

A modernidade nos coloca em um ritmo frenético que facilmente silencia essa dança interna. O Sagrado Feminino é abafado pela pressa de produzir, enquanto o Sagrado Masculino se torna exausto e perde o propósito genuíno.

O resultado? Vivemos no profano — não no sentido religioso de pecado, mas na desconexão com a alma.

Vivemos numa verdadeira corda bamba

O profano é a vida sem alma, o movimento sem direção. É o barulho do mundo abafando o sussurro do divino dentro de nós.

 

Como Reconectar-se com o Sagrado

Reconectar-se com o sagrado não significa abandonar as demandas do mundo moderno, mas sim habitá-lo de outra maneira.

É como aprender a ouvir música novamente no meio do caos. Essa reconexão exige pausa, atenção e retorno ao essencial.

Passos Simples para a Reconexão

  • Reserve momentos de silêncio: Sente-se com uma xícara de chá e apenas observe o momento presente.
  • Reconecte-se com a natureza: Caminhe descalça na terra ou sinta o frescor do vento no rosto.
  • Pratique a respiração consciente: Feche os olhos e ouça o som da sua própria respiração.

 

Esses pequenos momentos permitem perceber onde estamos desalinhadas.

Será que temos ignorado a intuição? Rejeitado o acolhimento? Ou, talvez, nos falte clareza e propósito nas ações?

 

O Sagrado como um Convite

O sagrado não exige perfeição, mas sim presença.

O sagrado não exige perfeição, mas sim presença. Ele não está perdido, apenas escondido sob as camadas do fazer incessante, esperando que o descubramos novamente.

Quando o encontramos, percebemos que a linha entre o sagrado e o profano nunca foi uma separação. Ela sempre foi um convite.

Um convite para dançar com a nossa essência, honrar o Feminino e o Masculino dentro de nós e transformar cada instante do profano em sagrado.

Que tal aceitar esse convite?

A transformação começa quando escolhemos habitar a vida com mais consciência e nos permitimos ouvir o divino dentro de nós.

O sagrado está mais próximo do que imaginamos: ele mora em nós.

Permita-se esse reencontro. Afinal, o mundo não precisa de mais máquinas que produzem, mas sim de almas presentes e conectadas com o divino.

 

Autor do Artigo

Ana Auguto - Terapeuta

Ana Augusto

Sou Ana Augusto,

psicoterapeuta e mentora especializada em autoconhecimento e desenvolvimento feminino, com foco em despertar o sagrado feminino e empoderar mulheres a atingirem o seu máximo potencial.

Com paixão por transformar vidas, ajudo mulheres a conectar-se com a sua essência, superarem bloqueios e alcançarem equilíbrio nas várias dimensões da vida.

O meu lema é: Dá-te Vez, Voz e Valor!

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