O desafio de se aceitar como ser humano falho
A força oculta da inocência, como ponto de partida para uma vida com maturidade e aceitação, é fundamental para a convivência com outro ser humano, conosco mesmos e com o Regente do universo.

Geralmente, a dificuldade de se aceitar como ser humano falho e perceber que ser autêntico e honesto é um desafio nos leva a sermos consumidos pela culpa, pelo medo e pelo peso do “pecado“.
Passamos tempo demais pensando, nos informando e julgando.
Raramente fazemos uma pausa para a autoanálise e, muitas vezes, nos pegamos em lágrimas, deprimidos, buscando respostas para nossos desalinhos. Frequentemente, projetamos essas respostas na injustiça que circunda o mundo ao nosso redor: a violência, os absurdos e o desespero humano que nos afligem profundamente.
Um mundo em busca de restauração
Nos últimos tempos, ou talvez em todos eles, vivemos períodos de guerra, rumores e crimes bárbaros. Diante disso, não sabemos como lidar nem por onde começar uma possível mudança.
Onde encontrar um ponto de restauração ou convergência para vislumbrar um mundo de paz, amor e justiça?

- Desejamos controlar o mundo para torná-lo mais justo e amoroso.
- Pensamentos invasivos, como “funcione à minha maneira”, nos cercam.
- Tentamos compensar nossas dores com alívios rápidos e superficiais.
Muitas vezes desejamos que, se o mundo estivesse sob nossa direção, seria mais fácil e justo, com mais amor entre os homens. Esses pensamentos nos tornam evasivos e perpetuam um ciclo infinito de racionalizações e projeções.
Personificação, máscaras e autoengano
Personificamo-nos e colocamos máscaras morais. São tantas que se torna difícil enumerá-las. Muitas vezes, apoiamo-nos em falsas estatísticas que criamos para nossa autossatisfação, enquanto nosso ego resiste a ser censurado.

“O mundo é cruel, as pessoas são más.”
Será que nossos olhos só podem captar maldades?
Fixar-se em um só ponto pode nos fazer desaperceber a origem de nossa dor e o motivo pelo qual achamos o mundo tão ruim. Esse ponto de convergência está nos momentos em que as lágrimas nos pegam de surpresa, entranhadas junto aos soluços.
Nessas horas, dizemos: “Deus, que mundo é esse?” E recebemos um silêncio reconfortante como resposta.
O grito da inocência
Esse é o grito da inocência, o desejo de voltar ao recôndito acolhedor de um colo que nos tranquiliza.
Para viver em um Reino maior, um Reino de pureza, somos convidados a nos aproximar do coração de uma criança.
A Bíblia nos ensina algo muito importante sobre a inocência: transparência, humildade e a sugestão de “se não voltardes a ser como crianças, não podereis entrar no Reino dos Céus”.
Fala-se de humilhação, não como fraqueza, mas como força: uma força que nasce do entendimento de nossa vulnerabilidade.
O individualismo e os desafios da solidão
Hoje, em um mundo que apregoa o individualismo como fórmula mágica para a independência emocional, afirmamos ser “auto-tudo”.
No entanto, esse “eu” latente, alimentado pelo medo da solidão, deveria buscar o próximo para um possível aconchego, ao invés de encarar a solidão como força para superação.

A diferença entre solitude e solidão
- Solitude e quietude são compatíveis, trazendo paz e reflexão.
- Individualismo e solidão alimentam delírios de grandeza e sofrimento.
- A busca por conexões humanas é essencial para um equilíbrio emocional.
A solidão arrasta multidões para caminhos ermos, tristes e sombrios.
Precisamos entender que a inocência, ou pelo menos o desejo dela, auxilia na busca por atitudes que o mundo parece repudiar: humildade, sabedoria e coragem.
A jornada diária da inocência
Esses são pontos fundamentais para uma vida saudável.
A jornada para praticar atos baseados nesses princípios, que forjaram a humanidade, é um desafio diário. Requer paciência e boa vontade, sob os cuidados do amor maior.
Muita paz e luz.
Espero que o desejo de inocência alimente a esperança que existe no abraço afetuoso daqueles que amam a Deus e seus semelhantes como a si mesmos!
Autor do Artigo

Luiz Claudio de Souza Reis
Entusiasta do saber e da partilha, com formação interdisciplinar em Ciências Humanas.
Busco promover conexão e humanismo, incentivando superações e causas em favor da humanidade.
Dedico-me a questões sociais ligadas ao abandono e desamparo, promovendo amor, justiça social e a valorização dos valores humanos.
Gratidão e harmonia sempre.
Respostas de 3
Precisamos despertar a consciência e entendermos que somos interligados, e dependemos da natureza e uns dos outros…
Paz e luz, Luiz
Paz e Luz! Gratidão, Luanna!
Desde cedo, somos ensinados a evitar erros, frequentemente associados a punições tanto em casa quanto na escola. Se ver como um ser humano passível de erro é sinal de fraqueza. No entanto, essa perspectiva ignora o valor do erro como uma ferramenta essencial no processo de aprendizagem. Parabéns pela reflexão!